MARIA FERNANDA CÂNDIDO

São Paulo - Paris

 
 
 

Pertencer a vários lugares ao mesmo tempo é o que expande cada dia mais os horizontes de Maria Fernanda Cândido, que ainda adolescente foi viver em diferentes cidades do mundo nos primeiros passos como modelo, antes de se tornar atriz de cinema, televisão e teatro. Esse olhar diverso e global que a paranaense trouxe para a ASAS se juntou às múltiplas maneiras de pensar conteúdo relevante criado pelos alados, também espalhados por países distintos.

Hoje dividida entre Paris e São Paulo, Maria Fernanda acredita que integrar um coletivo internacional gera uma conexão direta com o momento atual do planeta.

“Acho que é uma questão do mundo contemporâneo essa integração das fronteiras, de começar a criar pertencimentos em diversos lugares. Isso é uma grande mudança para a humanidade. Acho que eu trago um pouco disso para a ASAS, um pouco desse intercâmbio, interdependência e intercultura. É um somatório de forças e há muita coisa aqui”,

reforça ela, que trabalhou em produções com profissionais de diferentes nações, como no longa “Il Traditore”, de Marco Bellocchio, exibido no Festival de Cannes.

Na ASAS, um dos destaques da atriz é o projeto “Linha do Desejo”, cujo pontapé inicial é o documentário “O Incerto Lugar do Desejo”, no qual encarna Ana Thereza, uma mulher tomada por um desejo arrebatador que desafia o aparente equilíbrio de sua vida. “Discutir o tema do desejo do ponto de vista feminino me interessa muito e me dá prazer, alegria e me instiga. E é muito enriquecedor”, conta Maria Fernanda, que não à toa fez parte do elenco da série “Afinal, o que querem as mulheres?”, na TV Globo.

Ela também estará na sequência de “Linha do Desejo”, que inclui ainda um longa-metragem de ficção. No processo de produção, a artista teve uma intensa troca de ideias com os outros alados para que o resultado final refletisse a pluralidade de pensamentos do grupo.

“Essa essência dos participantes que integram esse coletivo é muito nítida. São pessoas mais inquietas, que não são acomodadas em determinados lugares. Elas são sempre instigadas por questões, em pensar os conteúdos do muito contemporâneo, em propor essa conversa, esse diálogo com as pessoas”,

afirma a alada, reforçando o propósito da ASAS em se conectar diretamente com o sentimento da audiência.

Empreendedora e atriz há mais de duas décadas, Maria Fernanda Cândido confirma o desejo de que os projetos da ASAS causem impacto não somente no momento em que o público tem contato com o conteúdo, mas que ele permaneça. “Legado é a grande palavra para a gente. É o que eu estou trazendo, é o que você está trazendo. A gente junta, soma, faz e acontecer”, vibra a artista, que tem muitos planos em mente para o futuro como criadora e fazedora de histórias: “A gente está aqui para começar. A vida está começando todo dia.”